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Tensão entre Turquia e Israel
Neste sábado, uma grande manifestação de solidariedade ao povo palestino e contra o que foi chamado de genocídio em Gaza ocorreu em Istambul, Turquia. O presidente turco, Tayyip Erdogan, convocou a população para o evento, que teve lugar no Aeroporto Ataturk.
Durante seu discurso, Erdogan fez duras críticas a Israel e pediu o fim imediato dos ataques à Faixa de Gaza. Ele acusou o Ocidente de ser responsável pelo derramamento de sangue na região, classificando a situação como um massacre. O presidente ainda afirmou que os bombardeios israelenses são direcionados a mulheres, crianças e civis inocentes.
Em um vídeo divulgado, Erdogan questionou as potências ocidentais sobre a possibilidade de uma nova guerra entre o mundo islâmico e o Ocidente. Ele destacou que a nação turca não está morta e mencionou seu envolvimento em conflitos na Líbia e em Karabakh.
Durante o comício, Erdogan revelou que a Turquia está se preparando para declarar Israel um "criminoso de guerra" devido às suas ações na Faixa de Gaza. Ele também criticou o silêncio dos países ocidentais diante das mortes de crianças na região, alegando que esses países derramam "lágrimas de crocodilo" em outras situações, como no conflito na Ucrânia.
De acordo com o presidente turco, a manifestação em Istambul contou com a participação de 1,5 milhão de pessoas. As declarações e o evento massivo levaram a um desdobramento na relação entre Turquia e Israel, com o estado israelense retirando sua missão diplomática do país.
Essa situação evidencia as tensões existentes entre Turquia e Israel nos últimos anos, especialmente desde o incidente envolvendo o navio de ajuda humanitária Mavi Marmara em 2010, que resultou na morte de cidadãos turcos. O impacto dessa nova medida na relação entre os dois países e na resolução do conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas ainda é incerto.