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Maceió - Estado de Alagoas
CATÁSTROFE IMINENTE: Risco de colapso de mina em Maceió mantém população em alerta máximo
A Defesa Civil de Maceió divulgou um novo boletim neste sábado (2), informando que a velocidade de afundamento vertical do solo na região atingiu 0,7 cm por hora, seguindo a mesma taxa do boletim anterior. Nas últimas 24 horas, houve um deslocamento de terra de 11,8 cm, indicando uma situação que coloca em risco iminente a segurança da área.
Diante dessa situação alarmante, a Defesa Civil alerta a população para que evite transitar na região desocupada até que haja uma nova atualização das autoridades. Medidas de controle e monitoramento estão sendo aplicadas para reduzir os perigos apresentados pelo descolamento do solo.
Na madrugada deste sábado, um tremor de magnitude 0,89 foi registrado a aproximadamente 300 metros de profundidade na mina 18 da empresa Braskem, localizada no bairro do Mutange. Essa atividade sísmica apenas adicionou preocupação ao cenário já crítico do local.
A Braskem, responsável pela operação da mina, informou que todas as áreas de risco designadas pela Defesa Civil foram completamente desocupadas. Em uma nota oficial, a empresa comunicou que os moradores de 23 imóveis que ainda se mantinham na área de risco foram realocados pela Defesa Civil por ordem judicial.
A região onde a mina está localizada tem minas de extração de sal-gema, um material utilizado na fabricação de soda cáustica e PVC, desde a década de 70. Em 2018, quando os primeiros sinais de colapso do solo se manifestaram, o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) afirmou que a exploração em uma área com falhas geológicas foi a causa da instabilidade. A extração do sal-gema ocorria com autorização do poder público, inicialmente pela Salgema Indústrias Químicas S\/A, que posteriormente foi substituída pela multinacional Braskem, controlada pela Novonor e com a Petrobras como acionista.
Para a extração do sal-gema, grandes poços foram escavados e água era injetada na camada de sal, gerando um líquido que mais tarde se tornava o produto final. Após o término da atividade, esses poços eram preenchidos com líquido para manter a estabilidade do solo. No entanto, com décadas de operação, algumas dessas minas começaram a vazar, causando instabilidade e abrindo crateras na cidade. Ao todo, Maceió possui 35 minas em sua área urbana.
A situação continua sendo monitorada de perto por autoridades e especialistas, que trabalham para encontrar soluções que garantam a segurança da população. Medidas de mitigação e controle estão sendo implementadas, porém a condição ainda é considerada extremamente perigosa. A Defesa Civil ressalta a importância de seguir suas recomendações e permanecer vigilante diante desse risco iminente.