Tragédia em Sapopemba: Mulher Morre Após Desabamento de Muro Durante Vendaval Histórico

Na tarde de quarta-feira (10), um trágico acidente em Sapopemba, na Zona Leste de São Paulo, resultou na morte de Claudineia Perri Castiglioni, de 54 anos. A mulher foi atingida por um muro que desabou, em meio a um vendaval histórico causado por um ciclone extratropical que afetava o litoral do Rio Grande do Sul.

Claudi­nea foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) com traumatismo cranioencefálico e fratura no fêmur. Apesar de ter sido levada ao Hospital Geral de Sapopemba, não resistiu aos ferimentos.

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) registrou a ocorrência como morte suspeita/acidente no 69º Distrito Policial (Teotônio Vilela). A perícia e exames foram requisitados ao Instituto Médico Legal (IML) para investigar as circunstâncias do desabamento.

Esse incidente trágico não foi o único registrado em São Paulo. Uma segunda morte foi confirmada em Campos do Jordão, onde um morador faleceu devido ao deslizamento de um talude que atingiu sua residência durante a tempestade de terça-feira (9).

A força do vendaval deixou um rastro de destruição ao longo da capital e de diversas áreas da região. No auge da tempestade, mais de 2 milhões de imóveis ficaram sem energia elétrica, centenas de árvores foram derrubadas, parques foram fechados e voos foram cancelados, resultando em prejuízos bilionários ao comércio e aos serviços.

Mais de 50 horas após o vendaval, a Região Metropolitana de São Paulo ainda enfrenta desafios, com mais de 750 mil imóveis sem energia elétrica, de acordo com boletim da concessionária Enel. A falta de energia compromete serviços essenciais, como semáforos, abastecimento de água e mobilidade urbana.

Os aeroportos de Congonhas e Guarulhos, que enfrentaram dias de caos e cancelamentos, já estão com operações normalizadas. Contudo, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) informou que, pela manhã, ainda havia 167 semáforos apagados por falta de energia, 10 por falhas e 3 em amarelo piscante, evidenciando os impactos persistentes da tempestade na infraestrutura da cidade.

Foto: Felipe Rau/Estadão Conteúdo